Uma audiência pública realizada nesta terça-feira, 15, em Porto Alegre, reuniu representantes de diversos municípios para tratar da falta de informações sobre o cronograma das obras na RSC-287, executadas pela empresa Sacyr. Além de autoridades municipais, o encontro contou com a presença de representantes da concessionária, autoridades estaduais e órgãos de fiscalização.

De Novo Cabrais, participaram do evento o prefeito Leodegar Rodrigues e os vereadores Ângela Dumke, Álvaro Luis Scheffel, Eduarda Menezes e Valério Lawall.

Entre as demandas apresentadas pelo chefe do Executivo cabraisense, destacou-se a solicitação para que a Sacyr disponibilize aos municípios o projeto detalhado das obras a serem realizadas, bem como os limites territoriais de atuação em cada localidade. “Essa informação é muito importante. Os prefeitos realmente não sabem o que será feito em cada município. Precisamos dessas informações”, cobrou o prefeito.

Rodrigues também pediu um posicionamento quanto às galerias colocadas junto ao Arroio Barriga, que, segundo ele, precisaram ser interditadas após as chuvas torrenciais ocorridas em alguns dias do último mês. “Nesse sentido, foi informado que a concessionária sequer apresentou ainda o projeto ao Governo do Estado para aquele trecho. Esse projeto ainda precisa ser avaliado e aprovado e, por isso, cobrei mais agilidade também”, explicou.

Outra situação apontada por Rodrigues foi a ausência de iluminação nos trevos de acesso ao município. Ele explicou que, em diferentes momentos, foi solicitada a correção da iluminação nesses pontos. Inclusive, os próprios vereadores tentaram resolver a situação, mas a empresa limitou-se a apenas roçar os acessos ao município de Novo Cabrais. “A iluminação nesses locais é sempre necessária, e não atender a uma demanda como essa, que tem a ver com segurança, é um descaso. Para a Expocabrais, o município acabou solucionando o problema por conta própria, mas desejamos um pouco mais de respeito por parte da empresa com a população e com o poder público”, desabafou.

O diretor-geral da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (AGERGS), Carlos Alvim, explicou que cabe à agência fiscalizar tanto a qualidade da rodovia quanto os níveis de serviço prestados, conforme estabelecido em contrato e no Programa de Exploração de Rodovias. Segundo ele, obras que não forem concluídas dentro do prazo, sem uma justificativa adequada, resultam em descontos no valor das tarifas cobradas. Somente neste ano, a AGERGS já registrou 23 reclamações de usuários da RSC-287, das quais sete referem-se à manutenção da pista, seis à lentidão na execução das obras e cinco à má qualidade dos serviços realizados.

Texto: Mariéle Gross/Assessora de Imprensa

Foto: Divulgação